sexta-feira, 29 de junho de 2012

Receita de pipoca doce









A vida é um fogo inclemente

Que queima a bunda da gente

Se você é do tipo que se ressente

Não vai arrumar quem te aguente

Assopre, levante , reaja

Aprenda a ser experiente

          Psicoterapia : Porque a vida precisa ser mais suave

                   
       Mônica Raouf El Bayeh

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terça-feira, 26 de junho de 2012

Mímulus







Nada paralisa mais do que o medo.
Os obstáculos externos podem ser contornados.
Mas, os obstáculos que vem de dentro, que gritam, que assustam, esses são os que verdadeiramente nos interrompem.
Eles nos embarreiram, como uma barricada.
E , acuados, não conseguimos contornar.
É o fim.
Ali estacionamos. Mesmo que, como se fala na gíria, " mal parados".
E permanecemos mal parados em situações esquisitas.
Engraçado, é que a gente consegue enxergar as dificuldades do outro.
E se perguntar " como pode? Como pode aceitar isso assim? Logo fulano ( a) com tanto talento, tanta beleza? Como pode? Porque não sai disso?
Difícil é enxergar o nosso "mal parado", o nosso medo.
Porque medo, meus amigos, cada um tem os seus.
Mas, só os dos outros são fáceis de resolver. Não é mesmo?
Mímulus é um conforto para o medo. Ele ajuda, acalma, dá amparo.
Como um bom amigo que te diz para ir em frente, porque vai dar certo e você vai conseguir.
Não é disso que a gente precisa?

sábado, 16 de junho de 2012

Agrimony - Tenha cautela





Tenho o hábito de experimentar as essências antes de recomendá-las.
Além gosto  de estar informada da sensação que elas me deram, como eu me senti, o que ocasionaram em minha vida.
Agrimony é como uma faca afiada. Ele rasga o véu do " está tudo bem, ahahahaah".


Ele desnuda os problemas que a gente finge que não vê, que vai empurrando com a barriga.
Com uma lâmina de bisturi, ele vai abrindo e mostrando seus problemas uma a um e todos ao mesmo tempo.
Você vai sair resolvendo um monte de coisas. Vai se indignar com coisas que não percebia antes.
É uma faxina e tanto no que estava estagnado. Levanta poeira.
Até por isso, o Agrimony é recomendado para pessoas que fogem na comida, nas drogas , na bebida. Com o Agrimony , você não corre, enxerga.
Ele desencadeia um processo muito importante de ação. Mas, é importante ter claro que esse processo tem um custo. Na vida tudo tem um custo.
Uma vez de frente para suas questões, surgem irritações, enfrentamentos, discussões, tomadas de posições e espetamentos.
Espetamento , acho que inaugurei esta palavra agora. Mas, é a única que representa minha visão dessa essência. O Agrimony te espeta, você pula mas percebe a situação e espeta o outro. O outro , irritado de se ver incomodado em sua , antes, cômoda posição, te espeta também. E assim segue o circuito.
Por isso , quando recomendo, é por pouco tempo. O tempo de descortinar as situações, abrir os olhos para as situações estanques.
Depois, um tempo para respirar, porque ninguém é de ferro. Nem você nem os outros que estão do seu lado sendo espetados por você. E espeto na carne dói!
Agrimony? Tome sim, se for o seu caso. Mas, tenha cautela!





 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Porque não dá para guardar tudo, é preciso falar




Ele tinha um jeito de terminar a situação : Estou bem. Está tudo bem.
Esse era o máximo que a gente conseguia , e olhe lá!
Mas, não estava aflito com tudo o que acontecia? Não tinha medo?
Não , não, tudo bem mesmo.
Na verdade, quando você se mantem só, fica mais fácil manter o controle.
Ou fingir que mantem.
Ficava meio que alheio, afastado.
Aparentemente, não se deixava atingir.
De qualquer forma, o afeto afetará o corpo e vai sair por algum lugar.
Receitei Violet, floral da Califórnia.  
Foi como um ralo ao contrário. Subitamente, ele queria falar. Se eu lembrava de um fato que ocorreu.... Ele sentiu muito medo.
Lembrava de quando.... Foi muito difícil.....
Violet tirou a rolha.
Agora ele tinha sim, a necessidade de contar.
A necessidade é o que faz buscar o outro, socializar, perceber que há um outro.
É assim que o mundo cresce para a gente e a gente cresce para o mundo




E AÍ COMEU?






E aí comeu?


"E aí comeu?" é um grande lançamento do cinema nacional.
Tem a forma de uma comédia. Se propõe a tratar de sexo.
Mas, pasmem!!!! Não aparece um peito!!!!!!
Porque "E aí comeu?” Se basta em seu conteúdo. É um filme redondo. Bem estruturado, sensível. Não precisa de apelação.
Atrai e fisga a atenção desde a primeira cena.
Pelas desventuras dos protagonistas, pelas filosofias surpreendentes e hilárias que vão sendo tecidas. 
E o filme te prende como uma grande teia de aranha ao sol que brilha e te envolve suave, delicada, com a tensão precisa. Impossível escapar ileso.
"E aí comeu?" é uma leve poesia sobre a busca do amor e do prazer. E encanta com a conclusão de que a vida é construída não no ideal, mas no possível.
Ouso comparar esse filme a uma super sobremesa. Aquela que delicia, surpreende, sacia e encanta. Você saboreia enquanto flutua pelo universo dos personagens. Mas sua cabeça não para, pensando no seu próprio universo, nas suas próprias teorias, na sua própria desventura.  O mais saboroso dessa sobremesa é que ela aponta para a possibilidade de refazer, recomeçar, rever e construir um novo final para a sua vida. Esse é o melhor dos recheios , a mais encantadora das coberturas.
DESOPILA O FÍGADO. APONTA PARA UMA MALEABILIADADE . UMA FORMA MAIS POSSÍVEL DE SE ENCARAR A VIDA. VALE COMO UM FLORAL. Eu comi e me deliciei.
 E você? E aí, comeu?