quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Um diálogo Chamomile



A menina num desalento solitário reclamava triste num canto.
Será que ninguém nunca acreditava nela?
Estava com dor. Não era desculpa nem mentira. Era dor.


- Sei que é dor, eu acredito. Sei que dói de verdade. Só que é dor de tristeza. Dor de achar que foi traída, dor de estar magoada. As pessoas sentem por muitos lugares do corpo, cada uma tem seu jeito. A sua dor sai pela barriga.

- E pela cabeça também.

- É isso, sai pela barriga e pela cabeça também. Sai porque não pode ser falada. Assim que você conseguir conversar, explicar como se sente e esclarecer a história, a dor vai passar. Vai passar porque foi falada. Dor falada não precisa doer mais.

- Mas, ela me magoou muito.

- Sei disso, faz parte da brincadeira. Vocês já magoaram outras também. Só que na sua pele dói, na dos outros não. Fale para a barriga não precisar doer mais.

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